quarta-feira, janeiro 31, 2007

Chocolate



Um filme pode ser visto de muitas formas... Também se pode ver "Chocolate" pelo elenco...

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Palavras bem ditas...

"Salazar, isso sei, queria um povinho arrumadinho, poupadinho, modesto e sem ambição. Um povo só. Ele foi, sem dúvida, um dos maiores dos grandes pequenos portugueses. Por causa disso, é justo que esteja nos dez mais do programa da RTP. A única coisa estranha é não ser defendido por um taxista."

Pedro Boucherie Mendes, em "O Mundo ao Contrário" da Revista "NS notícias sábado" de 27 Janeiro 2007

domingo, janeiro 28, 2007

A lição de Salazar


"O último cartaz da série, “Deus, Pátria, Família: a Trilogia da Educação Nacional” é uma esplêndida síntese da pedagogia e moral salazaristas: a imagem revela o lar perfeito, rústico, humilde, analfabeto, patriarcal, cristão. É a apologia da saudável e simples vida do campo, por oposição aos vícios gerados pela vida urbana. Lar simples, aconchegado, sem água nem electricidade, sem um jornal ou aparelho de rádio, nada que faça lembrar a indústria, a modernidade. A mulher que, submissa, cumpre a sua missão de esposa e mãe; o pai, chefe de família, que chega do campo onde labuta para angariar o sustento da casa; o crucifixo, o pão e o vinho sobre a mesa, fazendo lembrar o sacrifício da missa; os filhos que, reverentemente saúdam o pai, ali o Chefe; ao fundo, o castelo com a bandeira nacional revela a gloriosa história da pátria."

A cantina escolar

" - Gostei tanto de ir hoje à escola, minha mãe! A senhora professora estava muito contente, porque inaugurou uma cantina, onde os meninos pobres podem almoçar de graça. Se visse, Mãezinha! As mesas muito asseadas, os pratos branquinhos, jarras floridas e tudo tão alegre!
A sopa cheirava que era um regalo; e todos nós estávamos satisfeitos, ao ver os pobrezinhos matar a fome.
O filho do carpinteiro, a quem eu às vezes dava da minha merenda, de vez em quando ria-se para nós, como que a dizer:
- Está óptima, a sopinha!
Perguntei à senhora professora quem tinha feito tanto bem à nossa escola e ela respondeu-me:
- Foi o Estado Novo que gosta muito das crianças e para elas tem mandado fazer escolas e cantinas, creches e parques. Mas as famílias que possam também devem ajudar. Não te esqueças de o dizer à tua mãe.»


em "Livro da Primeira Classe", da Editora A Educação Nacional

A dona de casa


"Emilita é muito esperta e desembaraçada, e gosta de ajudar a mãe.
- Minha mãe: já sei varrer a cozinha, arrumar as cadeiras e limpar o pó. Deixe-me pôr hoje a mesa para o jantar.
- Está bem, minha filha. Quando fores grande, hás-de ser boa dona de casa."


em "Livro da Primeira Classe" da Editora A Educação Nacional

A propósito de Salazar ser considerado um grande português...

Ter feito Humanidades no secundário, deu-me o privilégo de estudar anualmente dois livros de História. Entre as inúmeras matérias, estava o Estado Novo, regime implementado por António Salazar durante grande parte do século XX.

Mesmo lidas há oitos anos, há frases que não se esquecem pelo choque de simplesmente terem existido e, pelos vistos, continuarem a existir.





sábado, janeiro 27, 2007

A essência do Homem

O Homem desde sempre se ligou a gestos extremos, a sentimentos de ódio e amor, vingança e paixão, guerra e tolerância... fazer nascer e fazer morrer, matar para viver, viver para matar, amar para ser amado, ser amado para amar...

Música de um dos meus compositores preferidos - Hans Zimmer, as imagens são do filme Gladiador...



quarta-feira, janeiro 24, 2007

O artista



"O artista traz consigo a própria felicidade... vivo só mas não me aflijo por isso, pois sei que Deus está mais perto de mim do que dos outros."

Beethoven

De onde vêm as ideias?



"Perguntais onde vou buscar as minhas ideias? Isso não sei dizê-lo com o menor grau de certeza; elas chegam sem que eu as chame, quer directa, quer indirectamente. (...) O que as desperta são esses estados de espírito que no caso do poeta se transformam em palavras, e no meu em sons que ressoam, bradam e trovejam até, por fim, tomarem dentro de mim a forma de notas."

Beethoven

Beethoven



"O temperamento de Beethoven era explosivo, arrogante e triste. Quem sente intensamente sofre intensamente. Um instrumento afinado com a beleza é sensível à dor. Beethoven era um hipondríaco. A mesma sensibilidade que lhe proporciona o génio, proporcionava-lhe também a infelicidade. E a dor é real, mesmo quando a doença é imaginária."

(retirei este parágrafo de um livro há quase 10 anos, mas na altura não identifiquei o autor.)

domingo, janeiro 14, 2007

Portugal

"Portugal teve quase oitocentos anos de monarquia, de catolicismo intolerante, de dominação monástica, e esses grandes factores históricos criaram uma ordem moral, que certamente subsistirá por longo tempo ainda, em conflito com as ideias das novas gerações democráticas."

Alves da Veiga, em "As primeiras Cortes Constituintes da República Portuguesa" (1911)

Podiamos ser ricos e civilizados

"Podíamos ser ricos e civilizados; a natureza concedeu-nos um céu abençoado, no extremo ocidente do antigo mundo conhecido; o nosso temperamento vivo, imprescindível e romântico, dá-nos aptidões intelectuais comparáveis às dos povos mais adiantados."

Alves da Veiga, em "As Primeiras Cortes Constituintes da República Portuguesa" (1911)

Os americanos

"Ignorados no meio dos mares, longe dos continentes habitados pelos povos clássicos, mal diriam os americanos, que um dia, quando lhe chegasse a hora de falar, haviam de introduzir na corrente da civilização coisas novas, princípios e ideias que nós, os ocidentais, herdeiros do trabalho educativo de muitos séculos, ainda não conseguimos realizar.

Profundos filósofos têm predito à América um grande destino..."

Alves da Veiga, em "As Primeiras Cortes Constituintes da República Portuguesa" (1911)

A politica

"A política é uma ciência essencialmente prática, cuja missão principal consiste em aplicar ao governo das nações, as leis sociológicas que resultam de factos cuidadosamente observados."

Alves da Veiga, em "As primeiras Cortes Constituintes da República Portuguesa"

O voto

"O voto é uma escolha e ninguém escolhe sem saber como e que há-de escolher. (...) O voto é uma sentença de foro íntimo, que todo o cidadão deve ter a coragem de patentear".

J. F. Henriques Nogueira, em " Estudos sobre a Reforma em Portugal"

Igualdade

"Não há castas privilegiadas. Todos nascemos igualmente nus, todos vivemos igualmente sujeitos ao prazer e à dor".

J. F. Henriques Nogueira

Liberdade!

"Liberdade! Liberdade! Nome santo, que começas a felicidade dos indivíduos e completas a dos povos: nome doce, que dás consolação aos oprimidos, ânimo aos vingadores, altivez e coragem aos que por ti exalam o derradeiro suspiro: nome eléctrico, que arremessas os povos ao combate, que aterras os tiranos, que hás-de fazer a volta do mundo com a rapidez do raio: eu te saúdo, epílogo sublime da sublime bandeira da humanidade."

J. F. Henriques Nogueira, em "Estudos sobre a Reforma em Portugal"

Violência doméstica

A propósito da Grande Reportagem sobre violência doméstica que passou esta semana na RTP, nunca é demais relembrar que, em Portugal, ainda morrem mulheres vítimas das agressões dos seus parceiros. No ano passado, perto de 40 acabaram por falecer.

Segundo dados da APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima), entre Janeiro e Setembro de 2006, "4417 mulheres foram alvo de algum crime", numa média de 18 vítimas por dia. (fonte: Público)

Se a sociedade continuar a agarrar-se ao lema "entre marido e mulher não se mete a colher", mais mulheres continuarão a sofrer nas mãos dos seus companheiros e, eventualmente, a morrer. Fechar os olhos é o mais fácil e também o mais trágico. Não é ver e calar e, por vezes, aceitar a violência como normal, que as coisas vão mudar. Parte de cada um recusar a ignorância e... DENUNCIAR!

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Orquestra de Jovens de Portugal


Na sequência do primeiro encontro em Abril passado, a relação entre os jovens instrumentistas e o maestro Martin André tornou-se tão forte que juntos chegámos à conclusão de que algo tão especial e único deveria ter continuidade. Perante tal demonstração de entusiasmo e dedicação decidimos organizar um novo estágio. Tornou-se então necessário eleger um nome para esta nova orquestra de jovens, um nome que revelasse o nosso espírito e a alegria de fazer música juntos: MOMENTUM PERPETUUM.

A escolha da cor amarela como imagem da orquestra provém da ideia do maestro de, usando todos a mesma camisola, apresentar a orquestra como uma equipa, uma família. A reacção do público a este sinal de afirmação colectiva foi francamente positiva e desde então a cor amarela tem identificado a orquestra.

Carpe diem, literalmente «aproveita o dia», é o mote da orquestra e traduz o desejo de viver o máximo da cada dia, de cada experiência. Inspirados pelo exemplo do próprio maestro, carpe diem diz tudo sobre o espírito e a vontade de fazer música e sensibilizar aqueles que a ouvem. As palavras estão impressas nas camisolas por baixo do nome da orquestra, sobre o coração.


Por iniciativa própria, reuniram-se em Aveiro, em Agosto, para uma semana de ensaios intensivos, culminada com um concerto no Centro de Congressos de Aveiro. O estágio foi um sucesso, contribuindo ainda ammais para a coesão e união do grupo.

Foram dias de trabalho, convívio e muita música, tendo superado as expectativas de todos os participantes. O concerto contou com uma assistência calculada em cerca de 500 pessoas e o evento foi alvo de uma forte cobertura por parte da imprensa nacional.
Após o sucesso deste ano, o interesse despertado pela nova orquestra de jovens portuguesa levou ao convite da Casa da Música, a anfitriã dos ensaios e concerto do encontro de Dezembro. O Concerto de Ano Novo que nos propomos realizar tem o tema "Atravessando fronteiras" e nele serão interpretadas obras de compositores oriundo de diversos países.

Fruto das repercussões que este projecto tem tido no estrangeiro, foi estabelecida uma colaboração com La Orquestra Infantil Juvenil Guadalajara A. C. (México), partilhando ideias e perspectivas para o futuro. O primeiro passo desta parceria é o convite ao maestro da orquestra mexicana para dirigir uma obra do presente concerto.



Texto: Orquestra Momentum Perpetuum
Fotos: Samuel e Sandra Bastos