sábado, novembro 24, 2007

domingo, novembro 18, 2007

Nuno Vaz

O talento a pensar na evolução

Vencedor de Trompa, solista nível superior, na 21ª Edição do Prémio Jovens Músicos 2007, concurso realizado pela Antena 2/RTP, Nuno Vaz foi um dos premiados mais aplaudidos no Concerto dos Laureados na Gulbenkian.

Ganhar o Prémio Jovens Músicos é, para Nuno Vaz, motivo de “felicidade e satisfação”, mesmo para quem já arrecadou o sexto lugar a nível mundial no “International Performer’s Competition 2006” em Brno, na República Checa. A preparação para o concurso implicou “grande responsabilidade” e, principalmente, a “abstracção de todas as coisas boas que o Verão tem”, tendo em conta que “grande parte do tempo foi passada em férias lectivas”.

No Concerto dos Laureados, no passado cinco de Outubro, no Grande Auditório da Gulbenkian, Nuno Vaz interpretou o 3º andamento do 1º concerto para Trompa de Richard Strauss, tendo sido entusiasticamente aplaudido por uma claque que se deslocou propositadamente da sua terra natal – Vizela. “Sentimo-nos muito apoiados e ficamos felizes por saber que temos amigos, não só para beber uns copos, mas também para estarem connosco neste magníficos momentos”, sublinha o jovem trompista.

A Câmara Municipal de Vizela “expressa o mais profundo e sincero regozijo pela vitória de Nuno Vaz”, ao lhe atribuir um “Voto de Louvor como sinal da mais veemente e sincera admiração assim como satisfação pelo seu desempenho cultural e artístico”. Mas para Nuno, “o mais importante é a família”, que tem a certeza estar orgulhosa de si.


Nasceu em Vizela em 1986 e foi lá que iniciou os seus estudos musicais na Sociedade Filarmónica Vizelense com os professores Costa Vieira, José Guerra, Carlos Pedro Marques e Guilherme Vieira. No entanto, os estudos de Nuno Vaz não ficaram por aqui: “Felizmente houve quem me ajudasse a ser mais do que um simples músico de banda e fez com que concorresse à ARTAVE, e isso fez-me crescer bastante”. Continua ligado à Banda Filarmónica e à Orquestra Ligeira de Vizela, sendo também professor na Academia de Música da Sociedade Filarmónica Vizelense.

Depois de ter passado pela Academia Valentim Moreira de Sá em Guimarães, ingressou na ARTAVE na classe de um dos seus trompistas de eleição – Hélder Vales. Todavia, a sua “principal referência” a nível da Trompa é Abel Pereira, com quem estuda actualmente na Academia Nacional Superior de Orquestra, em Lisboa.

Colaborou em várias orquestras, entre as quais a Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra Nacional do Porto e Orquestra Sinfonieta de Lisboa. Adora tocar em orquestra, contudo a sua experiência estende-se a outras formações. É também membro fundador do Quarteto de Trompas ART4ORN e do Ensemble Português de Trompas. Com este grupos apresentou-se no “International Chamber Music Festival” em Stellenbosh, na África do Sul e já tem concertos agendados por todo o país.

“Saber sempre que quando estamos mal temos de fazer tudo para que as coisas se resolvam” é, para Nuno, um dos princípios que um músico deve ter em conta na sua formação. “Precisamos sempre de ser bastante humildes. Infelizmente há muita gente que não tem respeito pelo trabalho de outros músicos, o respeito e a amizade são também valores muito importantes”, acrescenta.

Nuno Vaz defende que desde o início da carreira que os músicos devem ser “capazes de resolver as coisas sem a ajuda do professor”, uma vez que vai chegar o momento em que não vão ter professor para o os ajudar e se não estiverem preparados “vai ser muito duro.”

Com vários recitais programados para a temporada 2007/2008, Nuno explica que “o plano é tocar sempre e pensar na evolução”.

terça-feira, novembro 13, 2007

Quarteto Índigo



Quarteto Índigo na final do Prémio Jovens Músicos

Reportagem na Única (Expresso)

"Ana juntou ao nome o apelido Madonna. Prostituta no Brasil, traficada para a Europa, foi torturada e levou 15 anos viciada em toda a droga que apanhava. Hoje ajuda ONG no combate à toxicodependência ao tráfico humano."

Maria de Paz Tréfaut, na revista "Única" do Expresso, 10 Novembro 2007

"Retornei ao Brasil magra como uma doente de sida em fase terminal. Mas depois de sair da clínica, entrei novamente nas drogas. Sem esperança e sem dinheiro, fui para o porto de Santos vender cocaína para os gringos e para as prostitutas em troca de algumas carreiras para cheirar. Aí fui convidada para ser traficante. Aceitei. Punha os papelotes dentro da calcinha e do sutiã e entrava nas boîtes para vender. Vendia muito, mas consumia todo o lucro.

Até que um dia vi a mãe de um rapaz chorando na rua, desesperada, pelo filho traficante. Na hora, lembrei do meu filho. Não queria aquilo para ele e não era aquela vida que queria para mim. Eu já tinha visto muita coisa, muita gente morrer. Já tinha participado em assaltos à mão armada, visto gente levar facada, cortar a cara de outra pessoa. Caí na real e fugi. No início, os traficantes me procuraram. Mas fui internada e quando voltei ninguém mais me incomodou - acho que a maioria foi presa ou morreu.

(...) Durante quase 15 anos usei drogas todos os dias. Perdi o olfacto devido à cocaína. Recuperada, aprendi a valorizar a minha família e a amar Deus sobre todas as coisas. Ainda sonho casar e ter mais um filho. Quem sabe com um português, que leia esta reportagem."

Ana Madonna, ex-prostituta, na revista "Única", do Expresso, 10 Novembro 2007

sexta-feira, novembro 09, 2007

Banda de Amares



Podemos ver as imagens dos momentos de Itália que fizeram história em Amares...
Parabéns!

Paulo Ricardo Barbosa e Ricardo Pereira



Os meus queridos Paulo Ricardo Barbosa e Ricardo Pereira em alta... Só não percebi como podem chamar trompete a um trombone :)

Escola de Música da Banda Amares

terça-feira, novembro 06, 2007

Epígrafe

Nasceu um novo projecto online relacionado com o jornalismo...

Chama-se Epígrafe e está situado em http://epigrafe.wordpress.com

Visitem!

segunda-feira, novembro 05, 2007

"Estes são os músicos do futuro"

"Cuidado! Dos conservatórios, das escolas profissionais ou das escolas superiores de música andam a sair perigosos talentos que estão a mudar o panorama da música portuguesa. Estão a desfazer as ideias feitas sobre a realidade musical do país. Não lamentam, fazem. Não ficam à espera. Atiram-se de cabeça àquilo que mais amam: a música. O Prémio Jovens Músicos tem revelado, nos últimos 20 anos, alguns desses jovens intérpretes que sabem bem o que querem. Músicos portugueses do futuro."

Pedro Boléo, in Público, segunda-feira, 05 Novembro 2007


Estas são as primeiras linhas de duas páginas que o Público dedica na edição impressa de hoje ao Prémio Jovens Músicos. Comprem e leiam! (não só hoje, mas sempre :))

quinta-feira, novembro 01, 2007

Walk the Line

Um filme a não perder com Joaquin Phoenix e Reese Witherspoon...




Opinião: Banda Musical de Oliveira

Uma associação, como o próprio nome indica, implica uma união de pessoas. Como qualquer conjunto de indivíduos, uma associação integra diferentes personalidades nem sempre dispostas a ceder e a partilhar os mesmos valores, o mesmo espírito. Quando assim acontece a parte afecta e pode pôr em risco o todo. Todavia, se for uma verdadeira associação podemos dizer que “a união faz a força” com a vitória da camaradagem, da humildade, do respeito pelos outros, da vontade de fazer mais e melhor para o bem de todos.

Vivi duas épocas distintas na Banda de Oliveira. A primeira levou-me, inclusive, a afastar-me por cinco anos, sem saudades. Confesso que regressei a medo, sem saber o que me esperava. Dois anos depois vejo uma outra banda, outras pessoas que têm alimentado um ambiente de camaradagem fantástico num esforço igualmente notável por evoluir musicalmente. Fazer novas amizades, partilhar ideias e sentimentos, construir uma espécie de família, onde também é possível fazer música.

O passado domingo veio provar o que se foi construindo, a solidariedade em todos os momentos, a união, o entusiasmo e a nostalgia de uma mudança. Festejar 225 anos é, mais do que louvar o passado é brindar ao presente de olhos postos no futuro. E serão os mais novos a fazê-lo, com o fôlego de quem sopra 225 velas enquanto vozeia os parabéns!

Claro que sem os antepassados não chegaríamos aqui, mas sem a nossa força também não seria possível continuar e abrir caminho aos nossos sucessores para que daqui a 225 anos continue a existir a Banda Musical de Oliveira.


Sandra Bastos
31 Outubro 2007