quarta-feira, abril 16, 2008

Os artistas também adoecem

"Os números são reveladores. Cinquenta e seis por cento dos estudantes de Música sentem muitas vezes dor na nuca ou torcicolos depois de um dia de trabalho; 58 por cento queixam-se de dores de cabeça; 42 por cento padecem de stress; 72 por cento sentem cansaço no final de um concerto; 32 por cento ficam com dores de ouvido ou nas articulações temporomandibulares; 40 por cento ficam a ouvir ruídos quando mastigam ou abrem a boca.

Estes são os resultados do estudo que a recém-criada Associação Portuguesa de Medicina e Artes do Espectáculo (APMAE) realizou junto de 70 alunos de Música, entre os 19 e os 25 anos, da Escola Superior de Música das Artes do Espectáculo (ESMAE), no Porto.A associação faz, assim, um diagnóstico do quadro de problemas que afectam a profissão do músico, mas que se estendem, naturalmente com outras patologias, aos artistas em geral: os meniscos e hérnias, que muitas vezes interrompem precocemente a carreira dos bailarinos; a perda de voz que afecta cantores e actores; os trompetistas ou saxofonistas que deformam as suas dentaduras e vêem as suas feições alteradas; os pianistas, violoncelistas ou guitarristas, cujas artroses ou tendinites se manifestam quando menos se espera..."

Sérgio C. Andrade, no "Público" de 16 Abril 2008

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