sexta-feira, outubro 19, 2007

Paulo Ricardo Barbosa

O mais importante é a humildade

Paulo Ricardo Barbosa é um dos elementos do Quarteto de Clarinetes Índigo, recentemente premiado com o 3º lugar em Música de Câmara, nível superior, na 21ª Edição do Prémio Jovens Músicos 2007 da RTP/Antena 2.


“Uma gratificação pelo trabalho que temos feito” é o significado deste prémio para Paulo Ricardo Barbosa, além de ser também “um incentivo para mais concursos e mais estudo”. O mais difícil foi mesmo “arranjar tempo e local para fazer ensaios”, uma vez que são “os quatro de cidades completamente diferentes e distantes”. Depois é preciso controlar o nervosismo que “pode pôr em causa na prova uma semana inteira de trabalho”.

Os membros dos Quarteto Índigo têm a vantagem de já se conhecerem há alguns anos e de terem “uma relação muito boa que leva a um melhor ambiente” nos ensaios, concertos e provas. “Apoiamo-nos sempre uns aos outros, independentemente de correr bem ou mal”, diz o clarinetista.

A estudar em Castelo Branco, na Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART), tal como os outros colegas do Quarteto, Paulo Ricardo frequenta o terceiro ano da licenciatura em Clarinete, na classe do professor Carlos Alves. Satisfeito com o estabelecimento de ensino que escolheu, considera que “é uma Escola que em Música tem muito companheirismo, as pessoas conhecem-se, dão-se todos muito bem. O ambiente é bom para estudar, é calmo, não há stress. Há tempo para tudo!”. Mas o principal motivo por que optou pela ESART foi o professor Carlos Alves, a referência da escola francesa que procura seguir: “o meu professor como humano é muito acessível e apoia-nos. Como instrumentista é muito bom, é um exemplo a seguir.”

Natural de Oliveira – Barcelos, Paulo Ricardo Barbosa nasceu a 30 de Julho de 1986 e teve na família uma grande influência musical, nomeadamente nos seus tios Avelino e Cândido e no seu primo Alberto Bastos. Este último foi “o principal apoio até hoje”. Em 1997, foi admitido no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga, na classe do professor José Matos. Posteriormente, teve como professores Manuel Moura e Paulo Marques Matias, terminando o 8º grau com a classificação de 19 valores. Paralelamente, frequentou cursos de aperfeiçoamento de clarinete com os professores Carlos Alves, Luís Silva, Nuno Pinto, Carlos Marques, Manuel Moura, Jesus Villa Rojo e Henrique Perez Piquet. Trabalhou também com os professores Alberto Bastos e Carlos Ferreira.

Do seu percurso, Paulo Ricardo destaca a entrada na Escola Superior, a conquista de uma menção honrosa com o Quarteto Índigo num concurso internacional em Itália e o Prémio Jovens Músicos; a conquista do 1º Prémio da Banda de Amares num concurso em Itália e, recentemente, a entrada na Orquestra de Sopros da União Europeia, sob a direcção de Jan Cober. Passou também pela Orquestra de Jovens dos Conservatórios Oficiais de Música; Orquestra Nacional de Sopros dos Templários; Orquestra do Norte; Orquestra de Câmara de Braga; Orquestra Sinfónica de Viana do Castelo; Orquestra Juvenil de Barcelos; Orquestra do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga e Orquestra Sinfónica da ESART .

O jovem clarinetista quer, sobretudo, sentir-se “realizado” com a música que faz. Para já quer acabar a licenciatura “com boa classificação, sentir que valeu a pena” e, mais tarde, talvez “fazer um mestrado”.

Para Paulo Ricardo Barbosa “a música é muito difícil mas é das artes mais bonitas e gratificantes. É difícil mas vale a pena”. O mais importante é a “humildade”, embora também seja necessário “muito trabalho, dedicação, fazer as coisas bem e com gosto, independentemente do tipo de público que está a ouvir”.

Texto e fotos: Sandra Bastos
19 Outubro 2007

1 comentário:

Anónimo disse...

OLHA O BITXO...É O MAIOR....grande abraço.simao vlc.parabens indigo